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Márcia Maia

Márcia Maia faz balanço após três anos na AGN e deixa presidência da instituição 150 150 José Alberto Ramos

Márcia Maia faz balanço após três anos na AGN e deixa presidência da instituição

Após um triênio de resultados históricos para a Agência de Fomento do RN, a entidade mudará de comando em breve. Isso porque a diretora-presidente da Agência de Fomento do RN (AGN-RN), Márcia Maia, apresentou carta de renúncia após pouco mais de três anos à frente da instituição financeira de desenvolvimento. Indicada pela governadora Fátima Bezerra, a socióloga deixa a função em cumprimento ao prazo de desincompatibilização eleitoral.

“Agradeço à governadora Fátima Bezerra pela confiança. Desde o primeiro momento, defendeu a democratização do acesso ao crédito como missão primordial da instituição e foi isso que buscamos fazer desde o primeiro momento e os resultados que alcançamos, junto ao trabalho dedicado dos demais diretores, gerentes e colaboradores da instituição, estão aí para provar que a AGN mudou e hoje é uma verdadeira mobilizadora do desenvolvimento em nosso estado. Tenho orgulho da história que construí na instituição e deixo a função, para enfrentar novos desafios, mas com o sentimento de dever cumprido e de que deixei minha parcela de contribuição”, afirmou Márcia Maia.

Dentre os legados deixados por meio do comando da instituição, estão as mudanças administrativas que passaram pela reestruturação da Gerência de Recuperação de Crédito, a criação da Gerência de Controles Internos e Compliance, a implantação da Política de Segurança Cibernética (PSC), além da conquista de assentos na presidência e coordenação da Comissão de Comunicação da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), dentre outras ações.

Destaque ainda para o alcance da meta estabelecida no Planejamento Estratégico com a redução de 12% dos custos da instituição para o triênio – cujo alcance foi obtido ainda no exercício de 2019, gerando uma redução no custeio próxima de R$ 1 milhão.

Além disso, a Agência foi habilitada junto ao MTur para operação da linha de crédito do Fungetur para o Turismo, garantiu recursos exclusivos para setor de bares, restaurantes e atividades ligadas ao Turismo, passou a operar junto ao Sebrae o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas, simplificou processos e documentação para concessão de crédito, criou e disponibilizou uma plataforma online própria para facilitar o acesso aos financiamentos e ampliou as parcerias junto ao Sebrae, CDLs, Prefeituras, Sindicatos e Associações ligadas ao setor produtivo e outras instituições.

Crédito democratizado

Quanto ao programa de concessão de financiamentos, houve um salto significativo. De três setores da economia inicialmente, o Microcrédito passou a operar financiamentos para 10, dentre eles, atividades que nunca haviam sido alcançadas pelo crédito da instituição, como a agricultura familiar, cultura, pesca, economia solidária, turismo, dentre outros. Em pouco mais de três anos, mais de 20,4 mil empreendedores foram beneficiados com um volume de recursos de quase R$ 85 milhões injetados na economia do estado.

O crédito da AGN está presente, hoje, nos 167 municípios do RN, fruto da ampliação das parcerias junto às Prefeituras, CDLs, Sebrae, Sindicatos e Associações, criação de linhas específicas para atender setores nunca alcançados de forma direta pela instituição, ampliação dos valores financiáveis para empreendedores enquadrados como MEI, criação de plataforma digital de crédito, integração da atuação junto a secretárias estaduais e o aprimoramento do processo de captação do crédito.

Apenas em 2021, a AGN financiou 6.908 negócios e investiu R$ 34,2 milhões por meio de financiamentos a negócios, majoritariamente, de microempreendedores informais e formais. Um crescimento de 673% em relação ao número de negócios atendidos no primeiro ano de concessão de crédito. Já o avanço quanto ao volume de recursos injetados cresceu 1266% entre 2015 e 2021. Saiu de R$ 2,7 milhões para R$ 34,2 milhões.

No triênio, a Agência contribuiu diretamente com o emprego e a geração de renda para a população norte-rio-grandense que empreende. No último triênio, foram mais de 30 mil postos de trabalho assegurados. Se for levado em conta o impacto direto a partir das famílias dos empreendedores, são mais de 80 mil pessoas alcançadas pelo crédito da AGN;

Quanto ao apoio à formalização dos empreendedores, a Agência passou a atuar em parceria com o Sebrae em favor da orientação sobre os benefícios da formalização e seu impacto econômico e social, bem como, a qualificação da carteira de clientes da AGN no microcrédito. Desta forma, o número de MEIs atendidos pelo crédito saltou 225% em pouco mais de três anos (2019/2022) em relação ao período de 2015 e 2018. Em números absolutos, saiu de 2.739 para 6.183. São 14% dos financiamentos realizados no período entre 2015-2018 de MEIs saltaram para 32,4% no período 2019-2022.

“A Agência de Fomento não é apenas uma instituição financeira, somos uma poderosa engrenagem no motor do desenvolvimento norte-rio-grandense, que carrega em sua essência, a filosofia de política pública, a filosofia de uma gestão estadual que vê indivíduos antes de números, histórias antes de estatísticas. Na AGN, o fomento é ao empreendimento, mas principalmente, às pessoas, ideias por trás e, claro, ao desenvolvimento econômico, social e humano”, concluiu Márcia.

Diretora da AGN-RN defende no Senado democratização do acesso ao crédito 150 150 José Alberto Ramos

Diretora da AGN-RN defende no Senado democratização do acesso ao crédito

A Agência de Fomento do RN participou do debate realizado no Senado Federal sobre a atuação das instituições públicas de desenvolvimento na crise provocada pela covid-19 foi destacada. A sessão discutiu o Sistema Nacional de Fomento (SNF) e necessidades de financiamento para a saída da pandemia. Os debatedores também apontaram a importância do sistema para a recuperação do país no contexto pós-pandêmico.

A diretora-presidente da AGN-RN, Márcia Maia, defendeu a democratização do acesso ao crédito e ressaltou a criação de novas ferramentas para atendimento on line ao empreendedor, desde atendimento por aplicativo de mensagem até mesmo a criação de uma plataforma online para concessão de crédito.

“Estendemos a carência de financiamento. Nosso principal programa é o microcrédito, para os que que ainda estão no setor informal e para os microempreendedores individuais. Criamos crédito específico para a agricultura familiar, para a pesca e o turismo, de acordo com demandas que iam chegando à agência de fomento e buscamos a todo instante a simplificação e a democratização do acesso ao crédito”, destacou.

A agência também articulou-se com as demais secretarias estaduais, e reforçou sua atuação criando alternativas de crédito para as áreas de agricultura familiar, artesanato, cultura, empreendedorismo jovem, economia solidária, economia criativa, pesca e turismo.

Nos últimos dois anos e nove meses foram investidos mais R$ 72 milhões na economia do RN, beneficiando mais de 17 mil empreendedores, sendo 11 mil apenas no período da pandemia. A instituição financeira potiguar opera nos 167 municípios do estado, tem estimulado à formalização e permitido acesso ao crédito por setores que antes não eram atendidos pela instituição.

Captação de recursos

O encontro realizado na segunda-feira (18) reuniu representantes de diversas instituições integrantes do SNF que inclui agências de fomento, bancos públicos federais, bancos cooperativos e Sebrae, entre outros órgãos. A iniciativa do debate foi da senadora Leila Barros (Cidadania-DF), que presidiu a sessão temática.

Leila Barros destacou que essas instituições, com o advento da pandemia, ganharam relevância devido a sua capilaridade regional e o conhecimento na alocação de recursos para a recuperação econômica no âmbito da crise sanitária. Na avaliação da senadora, o Congresso pode ajudar a criar instrumentos para aumentar a captação de recursos para as agências de desenvolvimento.

Obstáculos

Para o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Sergio Suchodolski, os órgãos de fomento possuem extrema importância em razão do seu potencial de promoção do desenvolvimento regional em um país com dimensão continental como o Brasil.

De acordo com ele, o número de operações do SNF cresceu 4,9% desde o início da crise da covid-19, chegando a 105,7 milhões de operações, recorde da série histórica. O número de clientes também foi o maior, desde o ano de 2014, chegando a 43,7 milhões durante a crise da covid-19. “Poucos países do mundo podem contar com um sistema tão diverso e tão robusto para a mobilização de recursos para o seu desenvolvimento”, afirmou.

Entre os grandes desafios na concessão de crédito, estão a elevada burocracia, a educação para a contratação do crédito, juros, prazos e as exigências de garantias, sobretudo ao segmento mais vulnerável, que são as micro e pequenas empresas, que representam 60% dos empregos gerados no Brasil.

Participaram ainda representantes do Banco da Amazônia, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco de Brasília (BRB) e a Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A – (Desenbahia).

Com informações da Agência Senado