Diretora da AGN-RN defende no Senado democratização do acesso ao crédito

Diretora da AGN-RN defende no Senado democratização do acesso ao crédito

Diretora da AGN-RN defende no Senado democratização do acesso ao crédito 150 150 José Alberto Ramos

A Agência de Fomento do RN participou do debate realizado no Senado Federal sobre a atuação das instituições públicas de desenvolvimento na crise provocada pela covid-19 foi destacada. A sessão discutiu o Sistema Nacional de Fomento (SNF) e necessidades de financiamento para a saída da pandemia. Os debatedores também apontaram a importância do sistema para a recuperação do país no contexto pós-pandêmico.

A diretora-presidente da AGN-RN, Márcia Maia, defendeu a democratização do acesso ao crédito e ressaltou a criação de novas ferramentas para atendimento on line ao empreendedor, desde atendimento por aplicativo de mensagem até mesmo a criação de uma plataforma online para concessão de crédito.

“Estendemos a carência de financiamento. Nosso principal programa é o microcrédito, para os que que ainda estão no setor informal e para os microempreendedores individuais. Criamos crédito específico para a agricultura familiar, para a pesca e o turismo, de acordo com demandas que iam chegando à agência de fomento e buscamos a todo instante a simplificação e a democratização do acesso ao crédito”, destacou.

A agência também articulou-se com as demais secretarias estaduais, e reforçou sua atuação criando alternativas de crédito para as áreas de agricultura familiar, artesanato, cultura, empreendedorismo jovem, economia solidária, economia criativa, pesca e turismo.

Nos últimos dois anos e nove meses foram investidos mais R$ 72 milhões na economia do RN, beneficiando mais de 17 mil empreendedores, sendo 11 mil apenas no período da pandemia. A instituição financeira potiguar opera nos 167 municípios do estado, tem estimulado à formalização e permitido acesso ao crédito por setores que antes não eram atendidos pela instituição.

Captação de recursos

O encontro realizado na segunda-feira (18) reuniu representantes de diversas instituições integrantes do SNF que inclui agências de fomento, bancos públicos federais, bancos cooperativos e Sebrae, entre outros órgãos. A iniciativa do debate foi da senadora Leila Barros (Cidadania-DF), que presidiu a sessão temática.

Leila Barros destacou que essas instituições, com o advento da pandemia, ganharam relevância devido a sua capilaridade regional e o conhecimento na alocação de recursos para a recuperação econômica no âmbito da crise sanitária. Na avaliação da senadora, o Congresso pode ajudar a criar instrumentos para aumentar a captação de recursos para as agências de desenvolvimento.

Obstáculos

Para o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), Sergio Suchodolski, os órgãos de fomento possuem extrema importância em razão do seu potencial de promoção do desenvolvimento regional em um país com dimensão continental como o Brasil.

De acordo com ele, o número de operações do SNF cresceu 4,9% desde o início da crise da covid-19, chegando a 105,7 milhões de operações, recorde da série histórica. O número de clientes também foi o maior, desde o ano de 2014, chegando a 43,7 milhões durante a crise da covid-19. “Poucos países do mundo podem contar com um sistema tão diverso e tão robusto para a mobilização de recursos para o seu desenvolvimento”, afirmou.

Entre os grandes desafios na concessão de crédito, estão a elevada burocracia, a educação para a contratação do crédito, juros, prazos e as exigências de garantias, sobretudo ao segmento mais vulnerável, que são as micro e pequenas empresas, que representam 60% dos empregos gerados no Brasil.

Participaram ainda representantes do Banco da Amazônia, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Banco de Brasília (BRB) e a Agência de Fomento do Estado da Bahia S/A – (Desenbahia).

Com informações da Agência Senado